Dentro do processo de design, o briefing se torna essencial para qualquer projetos. Mas antes, vamos entender o que significa a palavra briefing segundo o Wikipédia:
“Briefing ou brífingue é um conjunto de informações ou uma coleta de dados passados em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho ou documento.”
Neste contexto, toda a vez que vamos começar um projeto de design o briefing será o meio mais utilizado para saber quais as necessidades básicas do projeto e qual caminho a se seguir. Por isso, listamos 7 pontos para você se basear na hora de montar o seu:
1 – Estabeleça as necessidades
É de extrema importância definir qual é a finalidade do projeto. Aqui definimos o escopo e listamos as necessidades do cliente e do seu produto ou serviço. Geralmente neste passo, o cliente fornece as informações básicas como quem é a empresa, sua missão e metas, ramo de atividade ou qualquer outra informação que sintetize as premissas e objetivos do projeto.
2 – Pesquise quem são seus concorrentes
Como sabemos, o cliente sempre tem concorrentes tanto diretos quanto indiretos. É importante questioná-lo sobre este ponto para estabelecer fraquezas e diferenciais do seu produto ou serviço diante seus concorrentes. Isso evitará repetir soluções já existentes por falta de pesquisa e informação.
3 – Defina questões técnicas
É um site? Um produto físico? Não importa! Definir a viabilidade técnica junto do cliente mostra quanto tempo e quais questões precisam ser definidas antes de começar o projeto. Será qual tipo de material? É um impresso? Será plástico? Isso fará que o cliente saiba quanto vai gastar e quanto tempo será investido naquele trabalho.
4 – Referência visual
Saber o que inspira o cliente é importante. Levantar estas questões como tipo de material, cores, tipografia ou qualquer tipo de referência visual serve como um norte para evitar que o cliente espere verde e seja entregue vermelho.
5 – Qual é o público alvo
Pra quem o produto ou serviço servirá? Entender o cliente do cliente é ter segurança no projeto que está sendo feito. É um público mais jovem? Mais velho? Quem vai usar ou qual momento que será usado. A pesquisa de quem é o usuário é parte vital de qualquer projeto de design.
6 – Estimativa de investimento
A maior parte dos clientes não abrem o valor que tem para investir no projeto. Mas definir isso ajuda definir a melhor solução em questões de tempo e valor para aquele trabalho. Não prometa mais do que o valor que o cliente pode pagar ou está disposto a pagar. Manter um equilíbrio entre as duas partes mantém a relação mais transparente e duradoura. Convencer o cliente que esta informação é valiosa para entregar o melhor resultado de acordo com sua realidade é um desafio que muitos profissionais enfrentam hoje em dia.
7 – Estimativa de entrega
Este passo é muito importante pois ambas as partes tem uma estimativa de quanto tempo o projeto levará para ser concluído. Esta informação tem que ser clara e de acordo com a realidade de todos envolvidos no projeto para que não haja stress entre cliente e prestador de serviço.
Essas são bases para se montar um briefing. Existem muitos exemplos na internet que podem ser úteis na hora de montar um. Lembrando que não existe regras e o que precisa ser relevante é como a informação é interpretada.
A era da Conectividade não permite a sobrevivência de empresas que não consigam transportar seu modelo de negócios para linguagens multiplataformas. Portanto, nada mais natural do que ver empresas se moldarem a este novo estilo de vida dos consumidores buscando novas formas de interação. De acordo com uma pesquisa realizada pelo CETIC (Centro regional de Estudos e Desenvolvimento da Sociedade da Informação), 23% do uso que o brasileiro faz com seu celular é através de apps. Uma excelente oportunidade que pode indicar novas oportunidades de negócios.
Expor seus clientes aos serviços disponíveis e oferecer a eles a facilidade de ter tudo ao alcance de um telefone móvel são inegavelmente sinônimos de ampliação de mercados e aumento de vendas! Por isso, muitos gestores de pequenas, médias e grandes empresas se deparam, em algum momento da expansão de seu negócio, com a dúvida sobre as vantagens de desenvolver um aplicativo para sua companhia. Depois de ler nosso post você vai conseguir avaliar se vale a pena criar um aplicativo específico para a sua empresa!
Listamos algumas vantagens da sua empresa adotar o uso de um aplicativo mobile. Vamos lá! Aplicativos mobile agregam valor para seus clientes
O aplicativo da sua empresa pode oferecer diversas opções que agreguem valor à experiência do consumidor.
O uso de apps está se desenvolvendo mais rápido a cada ano e inteiramente mudando a experiência de compra com descontos, jogos e novas formas de pagamento – a criatividade é o limite. Seja lá qual for a maneira que você escolher para se conectar com seu consumidor, certifique-se primeiro de que seu app mobile é relevante para seu público.
Utilize aplicativos para conhecer melhor seu público
Coletar informações sobre os seus clientes pode ser complicado e muitas vezes caro. Com um app mobile isso fica mais fácil, já que as informações podem ser coletadas praticamente em tempo real, logo na instalação do aplicativo. Novas informações também podem ser feitas posteriormente via aplicativo, tornando essa ferramenta em uma excelente forma de realizar pesquisas de mercado e conhecer seu público para atendê-lo ainda melhor.
Melhore seu atendimento
Dependendo de qual for a área de atuação da sua empresa, o aplicativo pode melhorar o atendimento aos seus clientes, tornando mais fácil, rápido e acessível, criando vínculos com seus clientes. Um exemplo disso é o app mobile da Starbucks, famosa rede americana de cafeterias, que facilitou o atendimento aos seus clientes quando criou a possibilidade de realizar pedidos pelo celular. O resultado foi a diminuição de filas no estabelecimentos e a maior eficiência do processo de atendimento. E você, consegue imaginar quais as melhores maneiras de melhorar seu atendimento com um aplicativo de celular?
Conecte-se com seu público a qualquer momento
Seus consumidores estão conectados 24h por dia e em qualquer local, o que facilita para sua empresa se comunicar a todo tempo com seus clientes. Assim, um app mobile pode abrir portas para ações de marketing extremamente eficientes, que podem ocorrer a qualquer hora do dia.
Como você pode ver, os aplicativos apresentam um universo de possibilidades que podem alavancar os negócios da sua empresa de diversos segmentos. Analise que tipo de app mobile sua empresa pode oferecer aos seus consumidores, e como você pode aumentar suas oportunidades de negócios por meio do seu aplicativo.
E você, já consegue imaginar de que forma um aplicativo pode auxiliar e melhorar ainda mais os negócios da sua empresa?
Divulgar sua empresa na internet bem elaborada e focada em cada público é essencial em manter/melhorar a percepção de valor da marca e se diferenciar em relação aos concorrentes.
Como em qualquer outro negócio, ou área de atuação, o planejamento das ações de marketing online é o primeiro passo em conseguir divulgar sua empresa na Internet.
Sabemos que atualmente empresários estão preocupados em saber comodivulgar empresana internet e também, que nem sempre encontram uma resposta objetiva em como divulgar sua empresa.
A falha em divulgar um produto mal planejado pode ser fatal para uma empresa, afinal, uma péssima divulgação pode causar danos a uma empresa mesmo que ela ofereça os melhores produtos do mercado.
Resolvemos criar esse pequeno roteiro em que você possa conhecer a realidade do universo da divulgação online e ter pelo menor uma orientação inicial sobre quais caminhos seguir.
Dicas em como Divulgar:
O primeiro passo que o empresário que quer divulgar seus serviços ou produtos é buscar uma agência capacitada em, comunicação e Marketing digital. agência Wys pode fazer isso por você.
Segundo é criar um site da empresa para divulgar seus produtos ou serviços. É nessa ferramenta que as pessoas que desejam adquirir o produto ou serviço que você oferece irão buscar informações. Não ter um site hoje, mesmo que simples, é um tiro no pé e pode passar a imagem de pouco profissionalismo.
O blog pode ser uma excelente ferramenta em manter o diálogo com seus clientes e fidelizá-los. Para que isso aconteça, é muito importante criar um conteúdo interessante para o seu público e alinhado com seu nicho de negócios.
Use e-mail Marketing. O e-mail ainda é visto com muita desconfiança pelos publicitários modernos. No entanto, se usada da forma correta em divulgar um produto ou serviço, ela pode fidelizar muitos clientes — afinal, ainda é a ferramenta mais eficaz de marketing digital para divulgar.
Facebook, Twitter, LinkedIn, Instagram, entre outros, não podem ficar de fora do seu planejamento. Além de gratuitos, podem aumentar e muito a divulgação da marca e dos seus produtos ou serviços.
Se você deseja divulgar e atrair novos visitantes em sua página na internet, aumentar as vendas, receber ligações ou fazer com que seus clientes interajam com a marca, Agencia Wys pode ajudar.
Tenha calma nos resultados na hora de divulgar sua empresa
Faça uma coisa de cada vez e tenha calma. Os resultados não irão aparecer de um dia para o outro, então não desanime quando os números não agradarem. Continue fazendo o que deu certo e mude o que não funcionou na divulgação da sua empresa.
MeisterTask é uma ferramenta de gerenciamento de tarefas com boards flexíveis que adaptam-se perfeitamente a diferentes fluxos de trabalho, sendo uma ferramenta útil para programadores trabalhando com sprints, equipes de marketing usando o sistema Kanban ou para gerentes solo que buscam um sistema simples para fazer listas de tarefas. Possui integrações com muitas ferramentas, como Slack, GitHub e Zendesk.
Além disso, existem recursos extras de calendário para agendar reuniões e estipular prazos em um só lugar. O plano básico é totalmente gratuito!
O termo SEO se originou no início dos anos 90, quando a Internet ainda engatinhava. Vem do inglês search engine optimization, mas geralmente é conhecido pela sigla “SEO”.
Uma outra forma de se referir ao SEO é pelo termo otimização de sites. Mas neste artigo iremos sempre chamar por SEO.
o que é SEO?
SEO pode ser definido simplesmente como a arte de posicionar sites nos mecanismos de busca, de forma orgânica, natural – ou, em outras palavras, na busca orgânica. A busca orgânica opõe-se à busca paga.
A busca paga – ou também “links patrocinados” – é a forma publicitária de aparecer nos mecanismos de busca. A publicidade nos mecanismos de busca pode ser feita em plataformas como AdWords, Bing Ads, etc.
SEO não é publicidade porque você não paga para o Google e qualquer outro mecanismo de busca, para aparecer nos resultados da busca orgânica.
Para aparecer nos resultados de busca, sites precisam ter Relevância e Autoridade, uso esses dois termos em maiúscula porque conceitualmente são muito importantes.
Relevância é quando a sua página proporciona a melhor resposta e experiência para um determinado termo de pesquisa. Autoridade é quando o seu site é reconhecido na Internet – é uma espécie de reputação.
Quer fazer SEO? Então comece tendo um site relevante para seu público-alvo e vá construindo a sua autoridade.
O SEO dá tanto trabalho quanto construir uma marca. Mas poderá, também, ser a sua melhor e mais eficiente fonte de tráfego.
Essa ferramenta de gestão ajuda empreendedores a criar um planejamento estratégico de atuação no mercado.
O plano de marketing é, assim, uma ferramenta de gestão que deve ser usada regularmente e atualizada sempre, pois auxilia empreendedores a se adaptar às constantes mudanças do mercado, identificar tendências e, com isso, criar vantagens competitivas em relação aos concorrentes.
O que é um Plano de Marketing
Um plano de marketing nada mais é do que o planejamento das ações de marketing da empresa, buscando alcançar um determinado objetivo – aumento do número de clientes, fidelização dos clientes e etc.
As etapas do plano de marketing
O plano de marketing é composto de três etapas que, se bem aplicadas, possibilitarão aos empresários tomar decisões seguras para alcançar objetivos e metas definidas.
O planejamento é voltado para a definição do negócio. Depois de uma análise de ambiente, na qual todas as informações a respeito da empresa são revisadas, com base na matriz F.O.F.A. (ou SWOT), são estabelecidos público-alvo, posicionamento de mercado, objetivos e metas, marca e estratégias de marketing.
A implementação é a etapa na qual se executam as estratégias de marketing, que devem assegurar a realização dos objetivos e das metas da empresa. O plano de ação é desenvolvido com base na especificação das atividades a serem desempenhadas, no seu período de execução, na forma como serão feitas, quem as fará e com que custo.
Ao final, deve ser feita uma avaliação, para verificar se as ações executadas estavam de acordo com o que foi planejado.
Fundamentação da Metafísica dos Costumes – Kant (Resenha)
RESENHA: FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES
De Immanuel Kant
Introdução – Pensamento Kantiano e Contexto da Obra
Kant nasceu e morreu na cidade de Königsberg, uma pequena cidade da Prússia e nunca saiu de lá. Tinha uma rotina rígida e um estilo de vida sistemático e metódico. Não casou nem teve filhos, passando a vida investigando o universo espiritual humano e tendo como motivação a fundamentação última de critérios universais e necessários para o conhecimento e para a ação humana.
Assim como Platão tentara conciliar, em um sistema metafísico, único tanto o devir quanto a permanência (o Uno e a Diversidade) a partir das filosofias pré-socráticas de Heráclito e Parmênides, Kant se constitui também como ponto de convergência da maior parte das reflexões da modernidade; tenta conciliar a perspectiva racionalista e a empirista na fundamentação da possibilidade do conhecimento e do agir humano. Esse impulso de conciliação e de análise crítica nasce, sobretudo, pela admiração ao pensamento de Rousseau (1712-1778) e da impressão causada pelas obras de David Hume (1711-1776).
Até a publicação de sua maior obra, Crítica da Razão Pura, sua preocupação girava em torno das ciências naturais, embora seus trabalhos exibissem indícios de seu pensamento posterior(1). A partir de 1.781, publicada a Crítica, Kant se torna um pensador original que articula Filosofia da Religião, Moral, Arte, História e Ciência, provocando um efeito semelhante ao de Sócrates, onde a filosofia começa a ser designada pré e pós seu pensamento.
Toda a sua obra, preocupada criticamente com o universo espiritual humano, centra-se de forma sintética em duas grandes questões(2):
· O conhecimento, suas possibilidades, limites e esferas de aplicação;
· A ação humana, a moralidade e o dever para alcançar o bem e a felicidade.
Segundo Kant, a tarefa da Filosofia seria responder quatro perguntas(3): o que posso saber (Conhecimento), o que devo saber (Ética), o que posso esperar (Religião), o que é o Homem (Antropologia).
E para desenvolver esses dois grandes temas e responder essas perguntas em sua obra, Kant inaugura o método que irá percorrer todo o seu pensamento: o criticismo. Crítica para Kant é um convite à razão:
“para de novo empreender a mais difícil das suas tarefas, a do conhecimento de si mesma e da constituição de um tribunal que lhe assegure as pretensões legítimas e, em contrapartida, possa condenar-lhe todas as presunções infundadas”. (KANT, Crítica da Razão Pura 2001, Prefácio à Primeira Edição de 1781 – A12, p. 31)
Minha visão particular sobre essa tentativa de Kant o aproxima ainda mais de Platão na medida em que todo o pano de fundo de suas idéias se circunscreve na intencionalidade de justificar e fundamentar a Metafísica como uma ciência, com seu processo racional apriorístico como verdadeiro conhecimento. Assim como Platão, que hierarquiza Parmênides em relação a Heráclito, Kant privilegia o racionalismo em relação ao empirismo, embora ambos tentem conciliá-los pelas evidências reais que tanto o devir quanto a experiência trazem ao conhecimento e ao agir humano.
Portanto, a preocupação crítica de Kant, que permeia as duas questões centrais de seu pensamento (a saber: o conhecimento e a ação humana), circunscreve-se numa intencionalidade que procura justificar o pensamento puro, a priori, como fundamentação última do conhecimento verdadeiro e da moralidade. Porém, embora supere o ceticismo de Hume, Kant não chega a uma indubitabilidade possível a partir da Metafísica sem o apoio da sensibilidade para gerar um conhecimento verdadeiro, nem tampouco concerne às proposições metafísicas suficiência para dar ao homem o agir moral que garanta sua felicidade, como veremos em nossa conclusão da presente análise crítica resenhada.
Kant, mesmo rejeitando o suposto conhecimento metafísico que explicaria a coisa em si (o noumenon), argumenta a favor do conhecimento puro, a priori, independente da experiência, porém adquirido ou construído a partir de um sujeito que experimenta o mundo e emite juízos sintéticos a priori sobre ele. Ou seja, para Kant o conhecimento legítimo só pode ser construído a partir da intuição sensível espaço-temporal; enquanto superação transcendental numa síntese apriorística dos elementos empíricos. A experiência sensível só nos forneceria conhecimento particular e contingente, e somente o juízo sintético a priori pode constituir as condições para a experiência conhecer o singular e o contingente (percebidos a partir da estrutura inerente de nossa mente), e, a partir deles, emitir juízos necessários e universais. Para Kant somente esses juízos podem ser conhecimento.
O ato de conhecer, então, limita-se pela intuição sensível, mesmo que ela se dê a priori. Portanto a Metafísica, segundo Kant, na medida em que pretende emitir juízos a partir do noumenon (da coisa em si) e utilizar as categorias a priori do conhecimento fora da intuição sensível, acabaria por emitir afirmações ilegítimas; não pode ser inserida como conhecimento científico, ao contrário da Matemática e da Física. Se nossa capacidade de conhecer nos insere na intuição sensível do tempo e do espaço, conceitos como “absoluto” e “coisa em si” (que independem dessa sensibilidade apriorística e da percepção do tempo e do espaço), não são possíveis de conhecimento humano; embora façam parte da pretensão metafísica de dizer como a realidade se fundamenta. A metafísica então só seria possível como estudo das formas a priori da razão e não para conhecer o que estaria fora dela, como o mundo, a alma e Deus, por exemplo(4).
Em suma, Kant exclui do conhecimento seguro tanto os juízos sintéticos a posteriori (pois são empíricos e experimentais, portanto particulares e contingentes), quanto os juízos analíticos (que embora necessários e universais, seriam redundantes na medida em que o predicado se encontra inserido no sujeito). Somente então, os juízos sintéticos a priori uniriam a universalidade e necessidade dos juízos analíticos com a comprobabilidade empírica dos juízos sintéticos a posteriori.
Kant resolve, na Razão Pura, a primeira questão a qual se debruça: o conhecimento possível. Com ela, fundamenta a impossibilidade do conhecimento teórico a partir da Metafísica. No entanto, ainda na busca de dar um fundamento à Metafísica, postula que ela pode dar conta de sua existência respondendo as questões sobre as ações humanas práticas através da crítica de uma razão voltada para o problema moral e do dever. Nessa busca, Kant procura fundamentar uma metafísica dos costumes (1785) e posteriormente faz uma crítica da razão prática (1788), segundo ele, responsável pela ação humana. Com isso a razão não é somente teórica e direcionada ao conhecimento, ela também é prática, determinando seu objeto através da ação: a Metafísica só poderia encontrar fundamentação no domínio do mundo moral.
Para Kant a razão é sempre universal, seja ela pura (teórica) ou prática; é a mesma para todos os homens, podendo variar seus conteúdos no espaço e no tempo, mas não sua forma enquanto atividade racional(5). Isso o afasta definitivamente dos empiristas e o coloca ao lado do racionalismo platônico e cartesiano(6) embora, postulando o conhecimento a partir da subjetividade, esteja mais próximo de Descartes.
O agir humano e a moralidade são abordados, além da obra em que nos debruçaremos em nossa análise, em sua segunda crítica; Crítica da Razão Prática, onde ele, ao contrário da fundamentação da Razão Pura a partir da sensibilidade espaço-temporal, postula a Razão Prática destituída de qualquer determinação sensível(7), tendo sua fundamentação no Imperativo Categórico.
O escopo de presente trabalho se circunscreve em uma análise crítica da obra de Kant; Fundamentação da Metafísica dos Costumes(8) que, segundo Marilena Chauí(9) traz uma abordagem diferente na questão da liberdade. Enquanto que na Critica da Razão Prática, Kant postula que a lei moral parte da idéia de liberdade, unindo assim a razão pura e a prática (a razão pura, por si só seria prática também), na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, a lei moral rege a ação; é por meio da vida moral que se pode conhecer a liberdade, já que a razão prática solicitaria da razão pura prática os fundamentos que validem a autonomia da vontade humana, e esse fundamento, para Kant, é a liberdade. De qualquer forma, a lei moral é a condição a priori da Vontade humana, seja essa Vontade fruto da liberdade ou condição para que a liberdade seja conhecida.
A Fundamentação da Metafísica dos Costumes é o primeiro livro de Kant que, de forma sistemática, volta-se para o problema da moralidade humana. Nessa obra Kant procura identificar e postular o que seria o Juízo Sintético A Priori fundamental (o supremo princípio da moralidade(10) o qual toda ação humana deve se submeter: o Imperativo Categórico.
A seguir abordaremos suas idéias principais nessa obra, procurando entender sua argumentação e investigar até que ponto ela legitima o que Kant pretende desenvolver. É óbvio que as pretensões do presente trabalho não estão relacionadas com uma análise extensa e completa do pensamento kantiano, mas na medida do possível tentaremos trazer alguma reflexão que contribua para uma abordagem diferenciada dentro de nossa perspectiva principal que se insere numa referência introdutória da mesma.
FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES
Por fundamentação de uma metafísica dos costumes, Kant pretende estabelecer as condições de possibilidade de uma Lei Moral Universal dirigindo a ação do homem emancipado que manifesta sua autonomia a partir da razão pura prática que identifica condições a priori de sua vontade.
Para entendermos como ele fundamenta essas condições, dividiremos a análise de acordo com as partes do texto desenvolvido pelo próprio Kant, ou seja:
· Prólogo ou Prefácio
· Primeira Seção: Transição do conhecimento moral da razão comum para o conhecimento filosófico
· Segunda Seção: Transição da filosofia moral popular para a metafísica dos costumes
· Terceira Seção: Transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura
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RESENHA: FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES
De Immanuel Kant